A enterobíase está entre as infecções intestinais mais frequentes no mundo inteiro. Além de ter esse nome, também é conhecida como oxiuríase, ascáride e helmintíase.
A infecção é provocada pelo verme Enterobius vermicularis, também conhecido como oxiúro. O verme nematoide é achatado, branco e pequeno, do tamanho de um grampo. Uma vez que consegue viver no reto de humanos, a fêmea consegue se mover até o ânus das pessoas infectadas, onde deposita seus ovos.
As pessoas que apresentam maior risco de contaminação são crianças e adolescentes de 5 a 14 anos. Não apenas isso, mas viver em ambientes de clima temperado ou passar muito tempo em espaços lotados e movimentados.
Causas da enterobíase
A transmissão da enterobíase acontece por fica fecal-oral, ou seja, quando os ovos do ânus são ingeridos. Isso pode acontecer diretamente, pelo contato com dedos ou unhas contaminadas, ou por roupas, alimentos ou artigos que carregam os ovos.
Além disso, como os ovos são muito pequenos, podem ser ingeridos até mesmo durante a respiração.
Logo que são ingeridos, os ovos vão direto para o intestino do paciente. Após alcançar a pele ao redor do ânus, os ovos se tornam infecciosos em apenas algumas horas e sobrevivem até três semanas nos tecidos e objetos contaminados.
Sintomas
Entre os principais sintomas da enterobíase estão:
- coceira na região anal
- insônia
- irritabilidade e agitação
- dor abdominal frequente
- náuseas
Alguns pacientes, no entanto, podem não apresentar nenhum sintoma.
Diagnóstico e tratamento
Para o diagnóstico da infecção, existem algumas técnicas simples. Primeiramente, deve-se observar a região do ânus da pessoa supostamente infectada durante o sono, para ver se os vermes aparecem. Durante a manhã, pode-se encostar uma fita adesiva transparente no local para coletar possíveis ovos de oxiúro.
Além disso, se a coceira na região do ânus é um dos sintomas, amostras da pele encontradas nas unhas podem ser analisadas em laboratório.
Já os tratamentos consistem em medicações administradas em duas doses. Isso porque a primeira delas nem sempre mata todos os ovos e vermes. Assim, é necessário tomar a segunda dose para que a infecção não retorne.
Em ambientes em que há uma pessoa infectada, como escolas e casas, a recomendação é que todas as pessoas sejam tratadas, mesmo que não apresentem nenhum dos sintomas.
A fim de evitar a transmissão e o contágio, uma rotina de higiene completa e adequada deve ser realizada com frequência, principalmente para crianças.
Fontes: Minha Vida, Medicina Net, Saúde em Movimento
Imagem de destaque: Healthline
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