Primeiramente, o morcego é o único mamífero voador do Mundo Animal. Assim como todo mamífero, o morcego também tem o corpo coberto de pelo e alimenta os filhotes com leite.
A espécie é encontrada em praticamente em todo o planeta, menos nos lugares mais frios, como nos polos. Só no Brasil, existem 138 espécies conhecidas de morcego.
Além disso, com hábito noturno, o animal é famoso por utilizar ecolocalização para se orientar, viver no escuro e estar relacionado a vampiros, consumo de sangue e transmissão de doenças. Mas o que realmente é verdade sobre isso?
Importância na natureza
Apesar da fama negativa, várias espécies negativas de morcegos são benéficas para a vida do ser humano. É o caso, por exemplo, do morcego frugívoro. Já que se alimenta apenas de frutas, o morcego ajuda a espalhar sementes de árvores e germinar novas plantas. Ou seja, é uma espécie que ajuda no reflorestamento e recupera florestas destruídas pela ação do homem. Algumas plantas, inclusive, dependem exclusivamente dos hábitos de morcegos para garantir a proliferação.
Além desses, há morcegos que se alimentam do néctar das flores e de pólen. Graças a esse hábito, ajudam na polinização das flores, gerando novos frutos e, assim, novas sementes. Esse tipo de morcego é muito comum no Cerrado, na Amazônia e na Mata Atlântica.
Outro tipo de morcego que contribui com a gente é o insetívoro. Ao invés de multiplicar a vida, no entanto, ele serve para o controle. Esses animais se alimentam de insetos como besouros, grilos, baratas e gafanhotos, dentre outros. Assim, a população desses animais se mantém controlada e equilibrada.
Transmissão de doenças
Se por um lado o morcego é importante para gerar a vida de novas plantas, por outro também pode ser reservatório natural de alguns vírus, como raiva, Marburg, Nipah, Hendra e coronavírus.
No início do século, esse animal foi responsável pela transmissão síndrome respiratória aguda grave, mais conhecida como Sars, que infectou mais de 8 mil pessoas no mundo todo. Na década de 2010, o morcego também ajudou a espalhar a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers). Esta afetou menos pessoas que a Sars (cerca de 2,5 mil), mas foi mais letal, matando mais de 850 pessoas. Recentemente, o novo coronavírus (chamado de 2019-nCoV ou covid-19) também surgiu do morcego.
Entretanto, os naturalistas garantem que isso não é culpa do morcego. Segundo eles, geralmente as transmissões acontecem quando o ser humano invade os espaços do animal, e não o contrário.
Curiosidades e mitos sobre o morcego
Os morcegos são cegos?
Muita gente acredita que os morcegos são cegos, o que não é verdade. Os morcegos podem ver três vezes melhor do que os humanos e completam sua percepção com um sistema de ecolocalização. Por meio de ondas ultrassônicas emitidas pelo nariz e pela boca e refletidas no ambiente, eles são capazes de se localizar com precisão. O sistema funciona tão bem que os humanos copiaram para desenvolver o radar, o sonar e aparelhos de ultra-sonografia.
Os morcegos sugam sangue?
De todas as espécies de morcegos conhecidas, existem três de morcego-vampiro, todas encontradas na América do Sul. Essa variação se alimenta de sengue de animais, especialmente gado. Apesar das lendas dizerem que os morcegos sugam o sangue das vítimas, eles fazem um corte em forma de V nas presas e lambem o sangue. Além da quantidade necessária por dia ser pequena (em média duas colheres), existe uma substância anticoagulante na saliva que impede que o sangue coagule.
Existem morcegos gigantes?
Existem dois grupos principais de morcegos: megamorcegos e micromorcegos. Entre os megamorcegos, os maiores são chamados de Raposas-voadoras (gênero Pteropus) e podem chegar a 2 metros de envergadura e 1 quilo. Por outro lado, entre os micromorcegos o menor é o morcego-zangão, que chega a apenas 3 centímetros de comprimento e 2 gramas.
Os morcegos dormem de cabeça para baixo?
É verdade que os morcegos dormem de cabeça para baixo, mas existem bons motivos para isso. Primeiramente, esses animais não possuem assas que permitem que eles voem a partir do chão. Assim, dormindo de cabeça para baixo, já estão preparados para voar, caso precisem escapar de ameaças. Além disso, se pendurar de cabeça para baixo garante que não há disputa por espaço para dormir e conseguem se proteger do perigo durante o sono.
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Fontes: Escola Kids, BBC, Hiper Cultura
Imagem de destaque: NY Times
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