Essa classe não está só nos livros e em contos históricos. As serpentes marinhas existem de verdade. Além do que, são muito interessantes e possuem muitas espécies.
Aqui você irá descobrir como elas são, onde vivem, e outras curiosidades que você nunca iria imaginar. Hoje, sabe-se que a sua população conta com 57 espécies da subfamília Hydrophiidae, pertencentes ao mesmo grupo das najas e das cobras-corais.
De fato, elas gostam de águas quentes. Por isso não são encontradas no Atlântico, as cobras marinhas vivem nas águas Indo-Pacífico, e possuem maior diversidade no norte da Austrália, Nova Guiné e Indonésia.
Como são as serpentes marinhas?
Dizem por aí, que elas são uma evolução das serpentes terrestres. Aliás, essas últimas têm seu ventre coberto por única fileira de grandes escamas, enquanto nas marinhas as escamas são pequenas e cobrem o ventre, que forma uma quilha. Ademais, essa adaptação impede que as serpentes marinhas se locomovem por terra.
Além do que, elas não possuem guelras como os peixes e precisam ir para a superfície para respirar. Contudo, elas conseguem ficar até cinco horas debaixo da água.
Outrossim, outra característica muito importante é o seu veneno. Ele é um coquetel de neurotoxinas que além de matar, também causa rigor mortis. Isso facilita a deglutição dos peixes, passando a ingeri-los em segundos. Sendo então, um dos venenos mais poderosos de toda a sua família. Por esse fator, é interessante evitar o contato com esses bichos, mesmo que eles não sejam agressivos.
Onde podemos encontrá-las?
Além disso, elas não possuem predadores. Os que poderiam cumprir esse papel tem receio em comê-la por conta do provável gosto ruim. Certamente, esses fatores, tornaram sua espécie a segunda com maior distribuição geográfica no planeta.
Em primeiro lugar, nesse ranking estão as tartarugas marinhas. As serpentes, estão presentes desde a costa leste africana, percorrendo todo os oceanos Índico e Pacífico, até a costa da América. Localizando-se entre a Baja Califórnia e o norte do Peru.
A princípio, apesar da sua extensão, elas não estão presentes no oceano Atlântico. Tendo em vista que, as correntes frias no sul do globo impedem o seu desenvolvimento.
Uma curiosidade sensacional sobre elas.
Antigamente, os cientistas acreditavam que elas se alimentavam de água salgada. Nesse sentido, a teoria se baseava de que suas glândulas de sal sublinguais eliminavam todo o excesso de sal que consumiam.
Recentemente, uma nova teoria aponta que essas glândulas não teriam a capacidade de eliminar todo o excesso de sal da água para elas sobreviverem. Sugerindo, que as serpentes marinhas bebem água da chuva coletada na superfície do oceano. A saber, no estudo realizado por Lillywhite e seus colegas, eles recolhem 99 cobras marinhas do mar, antes e depois da chuva ocorrer após um longo período de seca.
Nesse estudo eles tiveram um resultado surpreendente. Em síntese, eles constatam, que as serpentes que foram recolhidas antes da precipitação, bebiam a água doce que eles forneciam. Logo em seguida, fizeram a mesma jogada com as serpentes que foram recolhidas após a chuva. Por fim, estas últimas não bebiam.
De certo, o interessante é que mesmo tendo seu habitat em águas salgadas, esses animais precisam de água doce para sobreviver. Logo, isso gera mais suposições se outras espécies também funcionam da mesma maneira. Além de reforçar a importância da chuva para a manutenção da natureza.
A Pelamis platura
O principal exemplo das serpentes marinhas. Certamente, a Pelamis platura, tem as características fundamentais da sua espécie, além de ser muito bonita fisicamente. Ela possui um corpo negro, que a auxilia a se aquecer quando está na superfície. O seu ventre é amarelo-vivo e a cauda é manchada de amarelo negro, além de ser lateralmente achatada.
De certo que essa peculiaridade pode ser vista como um aviso para seus possíveis predadores. Em contraste, com os mitos em que as serpentes marinhas possuem metros de comprimento e são absurdamente ferozes. Por outro lado, elas são, na verdade, bichos dóceis e coloridos, que não chegam a um metro de comprimento.
A Pelamis ainda possui outras peculiaridades de sua espécie. As suas narinas fazem ligação a uma traqueia extensível e válvulas que impedem a entrada de água. Além de possuirem apenas um pulmão, que é quase do mesmo tamanho que seu corpo. Também realizam a respiração cutânea, pela pele, e isso satisfaz um quarto das suas necessidades de oxigênio.
Outras três espécies:
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Laticauda colubrina:
Analogamente, como a maioria, vive nas águas tropicais do Indo-Pacífico. Elas são capturadas facilmente pelos pescadores, por causa das suas cores fortes. Ela possui uma cor clara na barriga, e é escura e azulada nas costas, com linhas pretas.
Geralmente, nessa espécie, as fêmeas são maiores que os machos. Podendo atingir 140 e 90 centímetros, respectivamente.
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Cobra marinha de cabeça preta.
Esta é uma das mais conhecidas, e são geralmente as mais encontradas na Austrália. Elas descendem das corais. Ainda assim, é uma das mais tóxicas, seu corpo é listrado em amarelo e preto, nada bem rápido e pode ficar submersa por bastante tempo. Além de tudo, ela pode chegar a ter mais de dois metros.
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Cobra marinha dos lábios azuis.
Antes de mais nada, ela é encontrada amplamente no oceano Índico em países como a Tailândia, Indonésia e Filipinas. De fato, ela é bem grande em comprimento, podendo ultrapassar dois metros. Bem como, fisicamente se parecem com as outras cobras marinhas, com escamas listradas em azul e preto.
Bom isso foi tudo que você precisa saber sobre as cobras marinhas. Gostou? Que tal dar uma olhada em Ilha das Cobras, a 2ª maior concentração de cobras do planeta fica no Brasil
Imagem Destaque: Cobrasserpentes.
Fontes: Oeco, Nationalgeo, Meusanimais.
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