Certamente, O Diário de Anne Frank é um dos livros mais famosos do mundo. O livro faz parte do diário da garota. Ela havia ganhado o diário com capa xadrez em seu aniversário de 13 anos. Sendo assim, ela escreveu o relato entre 12 de junho de 1942 e 1º de agosto de 1944. Dessa forma, ela escreveu durante a maior parte do período em que ficou presa nos fundos de um prédio de três andares, em um esconderijo que foi apelidado de anexo secreto, no nº 263 da rua Prinsengracht, em Amsterdã, na Holanda.
Ou seja, isso tudo ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial. E, por conta de sua família ser judia, eles tiveram que se esconder para não serem pegos. No entanto, acabaram sendo encontrados e mandados para os campos de concentração. Se ela não tivesse morrido, semanas depois teria sido liberada, já que seu campo de concentração foi liberado poucas semanas depois. Além disso, ela faria 91 anos em 2020.
A primeira publicação de O Diário de Anne Frank ocorreu na Holanda, em 1947, sendo o livro póstumo. Foi intitulado de Het Achterhuis (O Anexo Secreto, em tradução livre).
Vamos então conhecer um pouco mais sobre o diário de Anne Frank e sobre a história dessa garota que emocionou todo o mundo.
Sete perguntas sobre O Diário de Anne Frank
Quantas versões de “O Diário de Anne Frank” existem?
Primeiramente, existem quatro versões. A primeira delas, chamada de a versão “A”, é o manuscrito original, sem edição. A segunda, ou “B”, é a versão que foi revisada pela própria Anne. Portanto, quando ela ouviu no rádio, em 29 de março de 1944, que Gerrit Bolkestein, um membro do governo holandês no exílio, pretendia transformaria cartas, diários e afins em documentos históricos assim que a Segunda Guerra acabasse, a jovem decidiu reescrever seu diário, usando nomes falsos (o sobrenome de sua família tornou-se Robin).
Em seguida, a terceira, ou “C”, é a versão que foi editada por seu pai, Otto Frank, em 1947. Assim, retirou certos detalhes considerados desnecessários, como as reflexões de Anne sobre sexualidade. A garota chegou a descerever o órgão sexual feminino como um “buraquinho tão pequeno que mal consigo imaginar como um bebê pode sair dali”. Inclusive, também retirou os seus ataques de nervos com sua mãe, Edith.
Posteriormente, a última, a “D”, é a versão revista, ampliada e organizada pela escritora e tradutora alemã Mirjam Pressler. Sendo assim, foi lançada em 1995. Além disso, é considerada a “edição definitiva”, de mais de 700 páginas, resgata os trechos suprimidos pelo pai em 1947.
A que horas Anne Frank escrevia em seu diário?
Geralmente, à tarde, quando boa parte dos moradores do “anexo secreto” tirava um cochilo. Além disso, o esconderijo era um labirinto de cômodos com pouco mais de 120 metros quadrado. E, ainda mais, era dividido entre a família Frank (Otto, Edith, Margot e Anne) e a família van Pels (o sócio de Otto, Hermann, sua esposa, Auguste, e seu filho, Peter), além de um dentista amigo das duas famílias, Fritz Pfeffer.
A princípio, o dia dela começava cedo: por volta das 7h, ela se levantava para se lavar e tomar café. Em seguida, às 8h30, quando os funcionários chegavam ao armazém para trabalhar, não podia mais fazer barulho. Assim, ela ficava demeias ou descalça, evitava os degraus mais barulhentos das escadas, não utilizava água corrente, nem dava descarga na privada. Além disso, era proibido tossir, espirrar ou dar risadas. Conversas só sussurrando.
Anne passava as manhãs lendo e estudando. Assim, por volta das 12h30, quando os funcionários saíam para almoçar, ela fazia sua refeição, sendo que a comida era compartilhada e medida. Carne, leite e ovos eram itens cada vez mais escassos. Em seguida, ligava o rádio na BBC para ouvir notícias.
Sendo que nenhum dos oito moradores, por medida de segurança, tinha autorização para deixar o anexo, quem ajudava levando roupas e alimentos para eles eram quatro empregados de confiança de Otto: Miep Gies, Johannes Kleiman, Victor Kugler e Bep Voskuijl.
O banho era limitado aos sábados ou domingos. Assim, de caneca, em uma tina com água aquecida. Por medida de segurança, as cortinas estavam sempre fechadas.
Quem era Kitty, a quem Anne direcionava muitas das mensagens do diário?
Diferente do que muitos pensavam, Kitty não era nem uma colega de escola, nem uma amiga imaginária. Portanto, ela era uma personagem de um conjunto de livros infantis. Foram escritos pelo romancista holandês Setske de Haan sob o pseudônimo de Cissy van Marxveldt. Alpem disso, foram publicados entre 1918 e 1925, os quatro primeiros volumes narram o dia a dia de um grupo de amigas, da fase escolar à maternidade.
Assim, Anne endereçou suas cartas no diário às personagens da série: Conny, Marianne, Phien, Emmy, Jettje e Poppie. Até que, ao ouvir pela BBC o pronunciamento do ministro da Educação holandês, Gerrit Bolkestein, que prometia publicar os relatos que os sobreviventes da guerra fizeram, Anne resolveu dar ao diário o nome de Kitty.
O esconderijo foi denunciado ou descoberto por acaso?
Existia a possibilidade, até 2016, de que eles tivessem sido denunciados. No entanto, um estudo da Casa de Anne Frank, coordenado pelo pesquisador Gertjan Broek, indica que o esconderijo pode ter sido encontrado por acaso.
Primeiramente, os nazistas que descobriram o paradeiro dos clandestinos no dia 4 de agosto de 1944 estariam, na verdade, investigando uma possível fraude na distribuição de cupons de alimentos. Sendo assim, meses antes, dois funcionários da empresa que funcionava no mesmo prédio, Martin Brouwer e Pieter Baatzelaar, foram presos acusados de vender cupons de forma ilegal, ou uma empresa que dava permissão de trabalho a judeus.
O diário é autêntico?
Por muito tempo a autenticidade do diário foi questionada. A princípio, surgiram teorias que diziam que fora o pai de Anne que escreveu. Outras, Miep Gies, a secretária do armazém que guardou os pertences que não foram levados pelos nazistas e, em junho de 1945, os entregou ao único sobrevivente da família.
No entanto, foram contratados pelo Instituto para Documentação de Guerra especialistas forenses em caligrafia. Sendo assim, comprovaram a autenticidade do diário.
A obra já entrou em domínio público?
Não. A princípio, a data estipulada para o livro entrar em domínio público seria 2051. Um dos motivos é por conta da coautoria de seu pai, que revisou o livro em 1947. De acordo com a legislação holandesa, uma obra literária pode ser publicada por qualquer editora sem precisar pedir autorização ou pagar direitos autorais aos herdeiros no dia 1º de janeiro que se segue ao aniversário de 70 anos da morte do autor ou do último autor vivo.
Como Otto Frank morreu em 19 de agosto de 1980, em decorrência de um câncer, somente em 2051 a obra irá tornar-se de domínio público.
Como foram os últimos dias de Anne Frank no campo de concentração de Bergen-Belsen?
Primeiramente, Nanette Blitz Konig, de 90 anos, foi uma das últimas pessoas a verem Anne Frank com vida. As duas estudaram juntas no Liceu Judaico, em Amsterdã.Ainda na escola, Anne mostrava sua paixão em escrever. No entanto, Anne e Nanette voltaram a se encontrar. Porém, dessa vez por uma cerca de arame farpado, no campo de concentração de Bergen-Belsen. Segundo Nanette, a garota já estava bastante debilitada.
Anne e Margot, sua irmã, morreram em fevereiro de 1945, aos 15 e 18 anos, respectivamente. Além disso, seus corpos foram enterrados em valas comuns. O campo de concentração de Bergen-Belsen foi libertado por tropas inglesas em 12 de abril de 1945, ou seja, pouco tempo depois de sua morte.
Fatos sobre o diário de Anne Frank
Vida de Anne Frank
Primeiramente, Anne Frank nasceu em Frankfurt, na Alemanha. No entanto, se mudou com a família para Amsterdã no começo dos anos de 1930, quando os nazistas chegaram ao poder.
Anneslies Marie Frank nasceu no dia 12 de junho de 1929.
Além disso, ela e sete outras pessoas permaneceram escondidas por 2 anos no anexo secreto aos fundos do estabelecimento comercial de seu pai em Amsterdã.
Margot, irmã de Anne, também escreveu um diário. Entretanto, ele nunca foi encontrado.
Sobretudo, “O Diário de Anne Frank” foi escrito em cartas para uma pessoa chamada Kitty.
A princípio, a família de Anne Frank não conseguiu se mudar para os EUA por causa das políticas de imigração.
Seu pai foi um oficial do exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial.
Existe um vídeo de Anne Frank no YouTube. As imagens mostram a garota debruçada na janela para ver um casamento. No entanto, é a única filmagem existente da mesma.
O caderno que ela usou como diário foi um presente recebido de seu pai em seu 13º aniversário.
O oficial que capturou Anne Frank e sua família acabou se tornando membro do serviço de inteligência da Alemanha após o fim da Segunda Guerra Mundial. Ele comprou uma edição do livro para saber se havia sido mencionado.
Ninguém sabe exatamente o dia e a causa da morte de Anne Frank.
Em 1944, ela reescreveu seu diário e fez algumas alterações e melhoras. A edição aconteceu porque ela ficou sabendo que o governo manteria materiais como os dela como documentos das ações nazistas.
Após a morte de Anne Frank
A princípio, o campo de concentração de Anne Frank foi liberado por soldados britânicos semanas após a sua morte.
“O Diário de Anne Frank” fala bem de judeus. Sendo assim, o Líbano proibiu o livro.
Seu pai, que sobreviveu Auschwitz, morreu em 1980, em decorrência de um câncer de pulmão.
Audrey Hepburn foi convidada pelo pai de Anne Frank para interpretar a filha no filme sobre sua vida. Entretanto, a atriz recusou o convite.
Além disso, o sonho de Anne Frank era se tornar uma atriz.
A mãe de Anne Frank morreu de fome.
E aí, o que achou dessa matéria? Se gostou, dê uma olhada na matéria a seguir: Anúbis – Origem e história do deus dos mortos na mitologia egípcia.
Fontes: BBC; Mega Curioso.
Imagem de Destaque: Super Interessante.
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