Os gregos antigos acreditavam que o amor verdadeiro tinha origem em de seus deuses. Segundo as lendas da mitologia, o responsável pelo sentimento era Eros. Além disso, ele também era deus do erotismo.
Geralmente, o deus é apresentado como um jovem muito belo, com asas e um arco e flecha. O arco era utilizado para lançar flechas encantadas capazes de provocar o amor entre as pessoas.
Apesar do nome de Eros ter influenciado palavras que usamos ainda hoje, sua versão mais famosa não veio da Grécia. Em Roma, o deus ganhou o nome de Cupido, que ainda hoje aparece em histórias que apostam em elementos de fantasia e mitologia.
Origem
De acordo com os relatos da mitologia, Eros era filho de Afrodite e Ares. Por outro lado, a Teogonia de Hesíodo defende que ele é um deus primordial, surgido do caos.
Durante a infância, Eros foi muito mimado. Foi por causa disso, então, que ele manteve um aspecto infantil por muito tempo. Só quando Afrodite teve outro filho, Ateros, Eros começou a amadurecer e se tornar belo.
Entre suas principais características, estavam coragem e astúcia. Por outro lado, Eros também gostava muito de intrigas e fazia travessuras com frequência, especialmente ao lançar suas flechas. Além disso, ele também fazia missões a pedido de sua mãe.
Diferentes versões
Existem várias versões que narram a história de Eros. Segundo Hesíodo, ele era descendente do caos. Assim, representava a energia oposta a ele, capaz de organizar a energia e unificar a existência e a ordem.
O poeta grego Homero não cita o deus em nenhum momento de sua obra Odisseia. Foi só Hesíodo que passou a valorizá-lo, exaltando principalmente sua beleza. Para os romanos, Eros também era exaltado como belo, mas sem muita importância na mitologia.
De acordo com Platão, entretanto, a origem de Eros era bem singular. O deus seria o fruto da disponibilidade de Poros (o Expediente) e da carência de Pínia (a Pobreza). Ao comemorar o nascimento de Afrodite, as entidades teriam se envolvido e gerado esse filho. No entanto, Platão reconhece que o deus teria sido criado por Afrodite.
Eros e Psiquê
Uma das principais histórias do deus do amor envolve seu relacionamento com Psiquê. A beleza da moça era tão estonteante, que Afrodite se incomodou. Então, ele foi enviado por sua mãe para fazê-la se apaixonar por uma criatura feia, mas acabou se acertando no processo.
Por conta da flechada acidente, Eros acaba se apaixonando por Psiquê. Os dois se casam e geram Hedonê (a Volúpia), deusa do prazer. Entretanto, a relação dos dois tinha uma regra. Psiquê nunca poderia ver o rosto de seu amado. Quando isso acontece, então, ele se sente traído e vai embora.
Mais tarde, o deus se arrepende e recorre a Zeus para retomar seu amor. Assim, o deus soberano concede a imortalidade à Psiquê e o casal volta a se reunir.
Segundo o mito, Psiquê representa a alma, em contrapartida ao símbolo do amor de seu marido.
Curiosidades sobre Eros
- O nome do deus tem origem no verdo érasthai. Em grego clássico, a palavra significa desejar ardentemente.
- Segundo representações de poetas satíricos, o deus usava venda nos olhos. Dessa maneira, suas flechas podiam acabar acertando qualquer pessoa, explicando o amor repentino.
- A princípio, quando o deus não tinha uma imagem definida, ele era adorado como uma pedra. Foi só a partir das esculturas de Praxiteles que ele ganhou uma forma.
- De acordo com a psicanálise, o conceito de Eros corresponde à atração sexual no amor apaixonado. É por isso, portanto, que a palavra originou termos como erótico e erotismo.
Fontes: Toda Matéria, Info Escola, Portal São Francisco, Mitologia Grega
Imagens: Ancient History, Flickr, Kerri Keberly, Love Z, bulb
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