Segundo o pensamento dos gregos antigos, admirar a própria imagem era sinal de mau agouro. É a partir daí, portanto, que eles pensaram na história de Narciso, filho do deus do rio Cefiso e da ninfa Liríope.
O mito grego conta a história do jovem que tinha como principal característica, sua vaidade. Ele admirava tanto sua própria beleza, que acabou gerando um termo para explicar quem também exagera nesse atributo.
Por causa disso, até hoje é um dos mitos gregos mais observados em áreas como psicologia, filosofia, literatura e até mesmo na música.
Mito de Narciso
Assim que deu à luz, na Beócia, a mãe de Narciso visitou um adivinho. Impressionada com a beleza da criança, ela queria saber se ele viveria por muito tempo. De acordo com o adivinho, Narciso viveria muito, mas não poderia conhecer a si mesmo. Isso porque, segundo a profecia, ele seria vítima de uma maldição fatal.
Já adulto, Narciso chamava a atenção de todos ao seu redor, graças à beleza acima da média. Apesar disso, entretanto, também era extremamente arrogante. Assim, passou a vida sozinho, pois não julgava que nenhuma mulher era digna de seu amor e sua companhia.
Certo dia, enquanto caçava, chamou atenção da ninfa Eco. Ela ficou completamente apaixonada, mas foi recusada, como todas as outras. Revoltada, então, decidiu pedir ajuda à deusa da vingança, Nêmesis. Dessa maneira, a deusa lançou a maldição que dizia: “Que Narciso se apaixone com muita intensidade, mas não consiga possuir a sua amada”.
Maldição
Como resultado da maldição, Narciso eventualmente conseguiu se apaixonar, mas pela própria imagem.
Enquanto seguia o caçador, em uma de suas aventuras, Eco conseguiu atrair Narciso até um fonte d’água. Ali, ele decidiu beber água e acabou se deparando com o próprio reflexo no lago. Assim, ficou completamente hipnotizado pela sua imagem. No entanto, como não sabia que se tratava de um reflexo, tentou possuir o desejo da sua paixão.
Segundo alguns autores, o rapaz tentou agarrar seu reflexo, caiu na água e morreu afogado. Por outro lado, a versão de Partênio de Niceia diz que ele teria cometido suicídio por não conseguir se aproximar da imagem do amado. Há ainda uma terceira versão, de autoria do poeta grego Pausânias. Nessa polêmica versão, Narciso se apaixona pela sua irmã gêmea.
De qualquer forma, encantado com o reflexo, acabou definhando até a morte. De acordo com as lendas, logo após morrer, ele foi transformado na flor que leva seu nome.
Narcisismo
Graças ao mito, Sigmund Freud definiu o transtorno de obsessão pela própria imagem como narcisismo. A inspiração na mitologia grega também foi utilizada pelo psicanalista ao nomear o Complexo de Édipo.
Segundo os estudos de Freud, a vaidade exagerada pode ser considerada uma patologia dividida em duas etapas distintas. A primeira delas é caracterizada pelo desejo sexual pelo próprio corpo, ou fase auto erótica. Já a segunda envolve a valorização do próprio ego, o narcisismo secundário.
Para um narcisista, por exemplo, a necessidade de admiração pelo próximo é constante. Sendo assim, é como que as pessoas com a condição sejam egocêntricas e solitárias.
Fontes: Toda Matéria, Educa Mais Brasil, Mitologia Grega, Brasil Escola
Imagens: Dreams Time, Gardenia, ThoughtCo
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