Desde os primeiros meses do ano, quando o mundo foi tomado por uma pandemia, uma pergunta aguarda para ser respondida: quando vai acabar o coronavírus? A verdade é que a resposta clara ainda é um mistério.
Isso porque a situação ainda é muito recente para a ciência e para os governos. Ou seja, determinar quando o coronavírus vai acabar não é tão simples. Isso depende de muito mais informações sobre a pandemia.
Algumas estimativas, por exemplo, apontam que até o desenvolvimento de uma vacina podemos esperar de um ano a meio a dois anos, pelo menos. Portanto, até encontrada essa solução, o isolamento e o distanciamento ainda são as melhores soluções. Isso por separa os infectados e reduz a interação das pessoas, controlando a transmissão.
Ondas
Os cenários previstos por especialistas consideram as chamadas ondas de transmissão. Dessa maneira, ainda que haja redução do número de casos, ele volta a se acentuar após um período. Segundo estudos, o desafio é justamente administrar a doença entre essas ondas, enquanto não houver combate por vacina.
Os especialistas apontam três cenários que podem se desenrolar antes de sabermos quando vai acabar o coronavírus. No primeiro deles, logo após a fase de pico de casos ainda acontecerão momentos de irregularidade. Assim, haverá aumenta e aumento de casos em diferentes ondas de contaminação.
Um outro cenário aponta que o momento de pico pode ser seguido por um com redução acentuada de infecções. Dessa maneira, a doença ainda existirá, mas em ondas menores. Essa hipótese, portanto, aponta uma situação semelhante à da pandemia de Gripe Espanhola.
Existe ainda um terceiro cenário mais otimista. Aqui, o pico seria de altos e baixos de menos força, até o controle da pandemia.
Imunidade de rebanho
Uma das maneiras de fazer o vírus circular menos na população consiste na imunidade de rebanho. Também chamado de imunidade de grupo, o conceito considera que a maior parte da população já foi contaminada e produziu anticorpos. Ou seja, o vírus passa a circular menos e fica contido.
Entretanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS), não considera a busca por essa situação viável antes do desenvolvimento de uma vacina eficaz. Isso porque, ainda mais em casos recentes como o do COVID-19, não é possível saber se uma pessoa infectada fica imune a novos contágios.
Além disso, não existem dados precisos que determinam o número de pessoas contaminadas para chegar a esse estágio. Os estudos sobre a imunidade de rebanho variam e apontam taxas que vão de 55% até 95% da população.
Número de casos
Apesar das dúvidas, ainda pode haver esperança, segundo a ciência. Os dados de aumentos diários de casos no mundo, em média estão contidos. Ainda que o Brasil esteja na contramão do controle, alguns países passam por situações otimistas.
Na Alemanha, por exemplo, o aumento diário não passa de 0,3%, enquanto na Suíça evoluem em apenas apenas 0,05% por dia.
Segundo o Data-Driven Innovation Lab (DDI), a escala zerada de contágios no mundo só poderia ser alcançada a partir de 4 de dezembro de 2020. Para chegar a esses números, o grupo considera a média de durabilidade geral da quantidade de casos registrados, sem incluir medidas como isolamento social ampliado, higiene das mãos e uso de máscara.
Por outro lado, países que não tem controlado o número de casos dão outra previsão. A medida que países europeus avançam no controle, nações como Brasil, Rússia, Arábia Saudita e Estados Unidos chegam a números recordes de novos casos.
Quando vai acabar o coronavírus?
Determinar o fim de uma pandemia pode ser confuso, segundo a historiadora da Universidade de Exeter Dora Vargha. Ao olhar par ao passado, é difícil determinar para quem as contaminações realmente terminam e quem garante esse fim.
É por isso, por exemplo, que a pandemia pode chegar ao fim socialmente, antes mesmo de chegar ao fim médica. Dessa maneira, as pessoas ficam tão fartas das restrições e imposições, que deixam de aguardar uma cura para a doença e passam a viver com ela.
Além disso, esse tipo de comportamento que tem gerados medidas governamentais que vão contra recomendações de médicos e pesquisadores, mas seguem pressões de grupos da sociedade.
Apesar disso, um grupo de cinco pesquisadores da Universidade de Harvard aponta que as práticas de prevenção recomendas pela OMS podem ser necessárias até 2022.
Fontes: Hospital São Rafael, UOL, TecMundo, Folha
Imagens: crosswalk.com, Computer World, IBEVAR, A Gazeta, A Gazeta
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