Os lobos-marinhos são animais semelhantes as focas, entretanto, esses bichinhos não estão acostumados com o contato humano e são capazes de atacar caso se sintam ameaçados. Suas diferentes espécies podem ser encontradas espalhadas por praias de todo o mundo. Na América do Sul eles estão no Equador, Argentina, Chile, Uruguai e até no Brasil.
Eles são mamíferos aquáticos e se alimentam de peixes, lulas e outros animais que consigam encontrar no mar. Só que como nadam até 100 metros de profundidade, são os animais que estão nessa área que servem de alimento. Costumam viver em ambientes desertos, como por exemplo, ilhas com grutas, praias desertas e até mesmo em cavernas submersas. Surpreendentemente eles poder ter de um a dois metros de comprimento, os lobos-marinhos pesam, em média, 250kg.
Os primeiros registros sobre esses animais datam de 1419. Em princípio foram Tristão Vaz Teixeira e João Gonçalves Zarco que os encontraram na Ilha da Madeira. Como eram desconhecidos, decidiram chamá-los de lobo-marinho. Por fim, esse primeiro encontro ficou conhecido como Câmara dos Lobos. Infelizmente, nos dias atuais algumas espécies desses animais estão ameaçados de extinção.
A extinção dos lobos-marinhos
Há aproximadamente apenas 300 indivíduos de algumas espécies em todo o mundo. Isso aconteceu por causa da redução de alimento disponível e da perseguição do homem pelo animal. Além disso, o no meio ambiente contribuíram para a diminuição dos lobos-marinhos.
Outro fato que dificulta muito a reestruturação dos animais para que eles parem de ser considerados em extinção é a reprodução entre eles. Isso porque a maturidade sexual das fêmeas só chega após os 4 anos de vida e elas acabando gerando poucos filhotes. Eles nascem entre maio e novembro, com o pico entre setembro e outubro. De fato que é concebido apenas um filhote por gravidez e eles só conseguem gerar outro depois de dois anos. Como resultado, esse tempo atrapalha no aumento da espécie.
Como são os lobos-marinhos
Seus corpos são desenvolvidos para o ambiente em que vivem. Por isso, quatro de seus membros se tornaram barbatanas. Do mesmo modo, seu corpo é coberto por pelos castanho-escuro a pretos. Em sua face ventral é possível encontrar seus mamilos, enquanto a área tem uma tonalidade mais clara.
Especialistas afirmam que o melhor a se fazer é não se aproximar do animal quando encontrar com ele em seu habitat natural. Apesar de viverem escondidos, alguns deles sobem até as praia em busca de alimento. Também é melhor não alimentá-lo e não deixá-lo ter contato com outros animais. Isso porque eles podem se sentir ameaçados e se tornarem agressivos ao ponto de atacarem alguém.
Por fim, existem várias espécies de lobos-marinhos e cada uma delas tem uma adaptação para o ambiente em que vivem. Além disso, algumas podem ser encontradas em mais de um local no mundo, principalmente no hemisfério sul.
Espécies de lobos-marinhos
Lobo-marinho do sul
- Nome científico: Arctocephalus australis
- Habitat: Continente sul-americano, a partir do Rio de Janeiro. Oceano Atlântico até a Península de Paracas no Oceano Pacífico. Encontrado também nas Ilhas Malvinas.
Essa espécie é bastante encontrada no Brasil, principalmente na região do Rio Grande do Sul. Possui o focinho fino e pelos que variam entre o preto e o marrom quando adultos e cinza prateado quando filhotes. Suas fêmeas vivem entre 23 e 30 anos, entretanto os machos vivem de 15 a 20 anos. Em contrapartida, essa espécie não está em extinção.
A fêmea pode chegar até a 1,40m com 50kg, enquanto o macho chega a 2m, com 160kg. Eles atingem a maturidade sexual entre 2 e 4 anos e 5 e 6 anos, respectivamente. Por outro lado, o filhotes nascem com cerca de 60cm e 4kg, amamentando pela mãe até o primeiro ano de vida. Na época de reprodução os machos foram haréns de fêmeas, juntando até 13 delas para cada macho.
Lobo-marinho australiano
- Também conhecido por: lobo-marinho sul africano ou lobo-marinho do cabo
- Nome científico: Arctocephalus pusillus
- Habitat: Costa australiana, principalmente nas ilhas do Estreito de Bass e no sul da África – em Namíbia.
Surpreendentemente, dentro da água eles são animais amigáveis e calmos. Em algumas situações pode até acompanhar mergulhadores até uma certa profundidade. Entretanto, em terra podem não aceitar a aproximação humana.
Lobo-marinho de galápagos
- Nome científico: Arctocephalus galapagoensis
- Habitat: Ilhas Galápagos, no Equador.
Esses animais são a menor espécie da família, podendo o macho, que é maior, chegar até 1,5m de comprimento. Eles se alimentam de peixes durante à noite, quando se aproximam mais das praias e em águas mais profundas que o restante das espécies. Suas fêmeas engravidam de apenas um filhote por temporada. Elas ficam organizadas em colônias reprodutivas, dentro de cavernas.
Lobo-marinho da Nova Zelândia
- Nome científico: Arctocephalus fosteri
- Habitat: Litoral sul da Austrália e Ilha do Sul, na Nova Zelândia. As duas colônias não se misturam, mesmo sendo da mesma espécie. Colônias de machos também podem ficar no Estreito de Cook.
Os animais dessa espécie possuem nadadeiras traseiras viradas para a frente, seus bigodes são longos e brancos e o focinho é pontudo. Os machos medem 2m, enquanto as fêmeas podem chegar até a 1,5m. Enquanto o primeiro pesa em média 150kg, a segunda chegam até os 50kg. Sua pelagem é marrom acinzentado com uma tonalidade mais clara na barriga.
Lobo-marinho antártico
- Nome científico: Arctocephalus gazella
- Habitat: Antártida e mares do sul da Argentina e Chile.
Apesar do comprimento dos machos dessa espécie ser semelhante ao das outras, eles podem chegar a pesar até 230kg. Sua pelagem segue a tonalidade marrom escura, entretanto as fêmeas e os jovens tem os pelos cinzas. Em comparação com os outros lobos-marinhos, esse possui o focinho mais curto de todos. As fêmeas seguem a regra do tamanho das outras espécies, chegando a ter até 1,5m e pesar 60kg.
Lobo-marinho subantartico
- Nome científico: Arctocephalus tropicalis
- Habitat: Oceano Índico, Pacífico e Atlântico Sul. Ilhas: de Gough, Amsterdam, Marion, Prince, Edward, Crozet e Macquarie. Essa espécie ainda pode ser comum no Brasil durante o inverno.
Diferença entre lobo-marinho, leão-marinho, morsa e a foca
Leão-marinho
O leão-marinho e o lobo-marinho são animais da mesma família, porém de espécies diferentes. Eles também são muitos semelhantes, entretanto, uma das formas de identificar o leão-marinho é por sua pelagem. Os machos possuem uma juba e se aquecem pela sua gordura corporal, ou seja, são animais mais pesados que os outros.
Lobo-marinho
O lobo-marinho emite sons semelhantes a um uivo, por esse motivo receberam esse nome. Assim como os lões-marinhos, esses animais possuem orelhas, que ajudam a diferenciá-los de focas e morsas. Eles gostam de viver em locais desertos, saindo em público apenas para se alimentar.
Foca
As focas, como dissemos anteriormente, não possuem orelhas. Elas também são melhores nadadoras do que os animais citados acima, porque conseguem fechar as narinas embaixo da água. Quando estão em terra firme, se locomovem deslizando na terra, por outro lado, o leão e o lobo-marinho conseguem utilizar suas nadadeiras para isso. As focos pertence a uma família diferente, a Phocidade, habitando regiões frias e possuindo pelos mais curtos.
Morsa
A morsa é quem mais diferencia entre todos. Ela possui caninos grandes e afiados, que são utilizados tanto para caça quanto para a locomoção. Elas também possuem focinhos mais largos, cabeça redondinha e grossos bigodes. E para finalizar, é a única entre todas da lista que não possui pelos.
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Imagens: Nationalgeographic, Passodetorrestv, Brasileirosnouruguai, Flickr, Pinterest, Joelsartore, Arindambhattacharya, Grida, INPN, G1, Infoescola, Revistagalileu, Infoescola
Fontes: Culturamix, Gauchazh, Pinipedesdosul, Meusanimais, Aquariodesp, Superinteressante
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