Muita gente acha que a impressão digital serve apenas para nos diferenciar uns dos outros, porém não é essa a realidade. Surpreendentemente ela aparece em nossos dedos com uma finalidade fisiológica, a aderência. Se nós não tivéssemos impressões digitais, nossa pele seria totalmente lisa. Ou seja, os dedos não conseguiriam segurar nada porque os objetos iriam escorregar.
Desse modo a impressão digital é formada por linhas salientes nas pontas dos dedos, chamadas de papilas. E não só os dedos possuem essas linhas, mas os pés e as pautas das mãos também. Em resumo, existem quatro tipos de linhas básicos:
- Arco
- Presilha interna
- Presilha externa
- Verticilo
A partir dessas linhas foi possível observar cada desenho formado e assim sendo elas receberam números e letras simbólicos. Foi a partir dessa análise que descobriram que as pessoas não conseguem ter a mesma impressão digital. Ou seja, até mesmo gêmeos univitelinos, que possuem o mesmo DNA, tem impressões digitais diferentes.
É por causa dessa singularidade que a impressão digital é utilizada em nossos documentos de identificação. Além disso também é usada na hora de votar e nos bancos. Assim também ela é utilizada para identificar suspeitos em cenas de crimes. Isto acontece porque, ao tocar qualquer objeto ou superfície, a impressão digital fica marcada no lugar. Em sequência é só escanear as marcas e comparar no banco de dados.
Diferentes hipóteses
Existem estudos feitos que afirmam que nós não tenho digitais para conseguir segurar as coisas, ou seja, pelo atrito. Isso acontece porque a mão humana tem o atrito similar ao da borracha. Portanto, nossa mão não necessita de digitais e sim de tamanho, para conseguir manter o atrito em superfícies lisas. Esses estudos ainda afirmam que na verdade a impressão digital reduz o contato direto do objeto com a mão e por isso reduz o atrito entre os dois.
Em outra análise é possível acreditar que as digitais possam ajudar quando os nossos dedos estão molhados, aumentando a aderência na hora de segurar. Isso porque a água escorreria entre nossas linhas, fazendo a superfície do dedo ficar menos molhada, logo, tendo maior atrito.
Por fim, em uma terceira hipótese, afirmam que as impressões digitais existem para melhorar o nosso toque. Estudos mostraram que as linhas que aparecem em relevo nas mãos se assemelham a amplificadores das vibrações sentidas por elas. Ou seja, as digitais aumentam a sensibilidade das vibrações recebidas ao passar para os nervos sensitivos. Em resumo, a impressão digital auxilia na hora de sentir as formas e texturas dos objetivos.
Curiosidades sobre a impressão digital
1 – O profissional que identifica impressão digital é o papiloscopista
Ele analisa as impressões disponíveis para identificar o dono de cada uma delas. É um trabalho minucioso porque algumas impressões digitais possuem diferenças mínimas entre uma e outra. Entretanto é válido dizer que existem alguns casos em que os desenhos nos dedos podem acabar alterando. Por exemplo:
- Uso constante de produtos químicos
- Queimaduras
- Cortes
- Doenças
2 – São formadas na gestação
As linhas dos dedos vão surgindo conforme a pressão que o bebê faz em tudo que está ao seu redor dentro da barriga. Ou seja, o ventre onde o bebê está se desenvolvendo influencia na sua digital. Em suma, isso acontece nos seis primeiro meses da gravidez.
3 – Existem pessoas que não tem impressão digital
Nascer sem impressões digitais nos dedos das mãos e dos pés pode acontecer, mas é raro. Por esse motivo, essas pessoas não fazem parte do banco de dados de impressões e não podem ser identificadas por elas. Essa ausência é chamada de adermatoglifia. E, nesse sentido, atualmente tem sido chamada de immigraton delay disease. Isso porque sem a biometria, a pessoa tem uma maior dificuldade em viajar para fora do país.
4 – Alça ulnar é o padrão mais comum de linhas
Fizeram um estudo para descobrir quais modelos de impressão digital eram mais comuns. Como resultado, nos homens o formato que mais se repetia era o de alças e em sequência os modelos de arcos apareciam mais entre as mulheres. Foram analisados sexo e tipos sanguíneos para obter esse dado. O estudo também detectou que o padrão que mais se repetia era o de laços ulnares. São os que possuem traço das marcas que apontam para o mindinho.
5 – A primeira pessoa presa por ter sua digital identificada
Francisca Rojas de Caraballo foi identificada em Buenos Aires como a assassina de seus dois filhos pequenos. Ela tinha acusado o vizinho pelo homicídio, entretanto, sua digital suja de sangue foi encontrada na caixa de correiros. A polícia analisou a digital encontrada e logo depois prendeu Francisca.
6 – Animais que possuem impressões digitais: macacos e coalas
A impressão digital não é uma exclusividade do ser humano. Existem três espécies de animais que também possuem esse diferencial nas pontas dos dedos. São eles os chimpanzés, os gorilas e os coalas. Por estarem em movimento entre os galhos de árvores, suas mãos se adaptaram às pressões feitas nos galhos. Por fim isso fez com que eles acabassem criando digitais nos dedos.
7 – A primeira impressão digital encontrada no mundo
A impressão digital mais antiga do mundo foi encontrada em um pedaço de cerâmica quebrada. Em uma estimativa, arqueólogos acreditam que ela seja da Idade da Pedra. A digital foi encontrada no norte de Kuwait e pertencia a uma pessoa.
8 – Um escritor americano foi um dos primeiros a pensar na digital como prova
Em dois livros publicados em 1883 e 1894, o escritor Mark Twain demonstrou o interesse em usar as impressões digitais para identificar e capturar criminosos. Entretanto, esse recurso só começou a ser usado no início do século XX.
9 – 70 milhões de impressões digitais foram coletadas na 2ª GM
Com a intenção de manter a ordem e a vigilância durante a Segunda Guerra Mundial, o FBI coletou digitais para registrar todas as pessoas. Por isso foram coletadas impressões de soldados, agentes e trabalhadores. Até 1943, já tinham registrados em torno de 70 milhões.
10 – A Apple é capaz de afirmar se uma pessoa está viva ou não
Os sensores de impressão digital da Apple não servem só para desbloquear o smartphone. Ele possui um sensor que analisa a corrente elétrica no sangue, enquanto outro sensor percebe as ondas emitidas pelo tecido (vivo) através de rádio frequência.
11 – É possível identificar a autenticidade de obras de arte
Uma senhora certa vez presenteou um amigo com uma obra de arte de segunda mão. Ela pagou baratinho pela pintura. Por não caber em nenhuma parede de casa, o amigo decidiu revender a obra. Logo depois uma professora de arte viu a pintura e afirmou que ela poderia ser, surpreendentemente, uma obra original feita pelo famoso Jackson Pollock. Foi através de impressões digitais que descobriram que sim, o quadro era original e valia em torno de 207 milhões de reais.
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Fontes: Novaescola, Escolakids, Incrível, Saberatualizado
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