As cobras são répteis que fazem parte da ordem Squamata, ou seja, são animais escamados assim como iguanas e camaleões. Atualmente, são conhecidos mais de 3.400 tipos de cobras diferentes, sendo que a menor parte delas são perigosas.
Ainda que os animais sejam associados ao perigo e ameaças, a verdade é que apenas 10% dos tipos de cobras conhecidas são peçonhentas.
Em comum, as milhares de espécies possuem o maxilar inferior com muita mobilidade, em contraste com mandíbula fixa no crânio. Além disso, elas também não possuem membros e se movem rastejando pelo solo.
Características comuns
Apesar de divididas em tipos, as cobras compartilham características. A principal delas é o corpo coberto de escamas epidérmicas, organizadas de forma que elas consigam se mover. Essa parte do corpo é sempre substituída durante o crescimento das cobras, o que justifica a frequente troca de pele dos animais.
Além disso, como outros répteis, são animais de sangue frio, ou ectotérmicos. Ou seja, as cobras não são capazes de controlar a temperatura do próprio corpo e dependem da temperatura do ambiente para se manter aquecidas, ou resfriadas.
Para bombear esse sangue, contam com um coração composto por dois átrios, mas apenas um ventrículo. Entretanto, este ventrículo possui válvulas e partições que faz com que ele atue como se fosse dois.
Já para respirar, as cobras utilizam um orifício localizado no fim da boca, a glote. Ela possui uma membrana que abre para permitir a entrada de ar para um dos pulmões. Apesar das cobras possuírem dois pulmões, o esquerdo é minúsculo – e muitas vezes ausente.
Funções corporais
As necessidades fisiológicas dos diferentes tipos de cobra são feitas por meio de um sistema excretor complexo. Elas utilizam rins semelhantes aos de aves e mamíferos, filtrando o sangue e removendo impurezas.
No entanto, elas não possuem bexiga e contam com tubos excretores amplos localizados na cloaca. É neste local que também estão os órgãos reprodutivos.
A reprodução das cobras se dá com fecundação interna. Ainda que a maioria das espécies bote ovos, algumas mantêm os ovos dentro do corpo da fêmea, até que ele seja chocado.
As fêmeas possuem ovários alongados, fecundados por um hemipênis. A estrutura é uma espécie de envaginação da cloca, introduzida na cloaca da fêmea.
Cobras peçonhentas
Entre todos os tipos de cobras conhecidos, apenas 10% produzem veneno. Elas são feitos em glândulas salivares modificadas que ajudam na digestão das presas. É por conta da saliva, inclusive, que até mesmo cobras não peçonhentas podem provocar algum tipo de irritação após uma picada.
Os diferentes tipos de cobras peçonhentas são divididos de acordo com quatro tipos de dentição:
- Dentes áglifos: não contam com canal de inoculação específico, então o veneno flui por toda a boca;
- Dentes opistóglifos: estão na parte posterior da boca e possuem canal de injeção de veneno;
- Dentes proteróglifos: também possuem canal de injeção, mas estão na parte anterior da boca;
- Dentes solenóglifos: podem se mover de trás para frente e possuem um ducto interno.
Colubrídeas
Este grupo inclui as cobras mais comuns, encontradas em ambientes variados. Apesar de serem venenosas, não costumam ser perigosas.
Elapídeos
Nesta categoria estão tipos de cobras extremamente venenosas, como mambas, najas e cobra-coral. São as espécies mais perigosas, uma vez que costumam possuir venenos neurotóxicos.
Viperídeos
As cobras deste grupo possuem veneno hemotóxico, ou seja, atuam antes mesmo de chegar ao cérebro. São facilmente reconhecidas por possuírem cabeças triangulares e pupilas verticais. A espécie mais conhecida deste tipo é a cascavel.
Outros tipos de cobras
A grande maioria das espécies não são peçonhentas, o que não significa que não são ameaça. Isso porque são capazes, por exemplo, de usar o próprio corpo para esmagar e sufocar presas e ameaças.
Entre as cobras não peçonhentas, as jiboias e pítons são consideradas mais primitivas, uma vez que possuem patas traseiras vestigiais.
Algumas espécies são classificadas como domésticas, mas a verdade é que nenhuma passou pela domesticação de fato. No entanto, como apresentam temperamento mais calmo e não atacam se não se sentirem ameaçadas, são criadas como animais de estimação.
Cobra d’água
Estas cobras vivem próximas as margens de rios, lagos e lagoas. Costumam ser animais grandes e passam a maior parte do tempo sob a água, onde caçam anfíbios e peixes para se alimentar.
Cobra marinha
Assim como as cobras d’água, vivem em ambientes aquáticos. No entanto, são encontradas em regiões de água salgada e não conseguem se mover no solo.
Fontes: Perito Animal, Meus Animais
Imagens: BioDiversity4All
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