O MySpace foi, certamente, uma das redes sociais mais importantes do início do milênio. Fundado em 2003, foi um fenômeno nos EUA e países da Europa. Entretanto, diferente das outras redes da época, ele tinha um foco bem específico.
Ao invés de voltado para nerds de tecnologia, o MySpace era focado em pessoas criativas. Ou seja, os criadores idealizaram o site para que pessoas pudessem usar a rede para compartilhar suas produções artísticas.
O site começou a chamar atenção quando o Friendster, rival líder de mercado na época, começou a ter problemas de tecnologia. Por causa do alto volume de público, ficava lento e sem acesso, o que provocou a migração para o MySpace.
História
A princípio, Tom Anderson, Jon Hart e Chris DeWolfe trabalhavam com marketing digital e venda online. Inspirados pelo sucesso do Friendster, os três, então, idealizaram o MySpace em apenas dez dias.
Os primeiros usuários cadastrados eram amigos próximos dos criadores e o site precisou de um ano até atingir o sucesso. Essa ascensão surgiu a partir de uma simples observação da plataforma: os usuários mais ativos na rede eram artistas e fãs de música. Dessa maneira, a atenção da rede passou a se voltar para o conteúdo musical e o site ultrapassou os 5 milhões de usuários.
As bandas criavam perfil no MySpace gratuitamente e podiam disponibilizar informações como biografia, fotos e, é claro, suas músicas. Assim, a fórmula trazia cada vez mais fãs buscando por bandas e cada vez mais bandas querendo novos fãs.
Artistas como Lily Allen e Arctic Monkeys, por exemplo, contaram com o site para se fortalecer. Em 2005, então, a News Corporation comprou a empresa por US$ 580 milhões.
Sucesso
Em 2006, o MySpace era o site mais acessado nos Estados Unidos. A possibilidade de se relacionar com outros usuários e consumir artistas gratuitamente fez com que a rede acumulasse 100 milhões de cadastros.
Dois anos depois, a plataforma realizou uma parceria com Sony BMG, Warner e Universal para oferecer música por meio do MySpace Music. A ideia era criar um serviço capaz de competir com o iTunes, da Apple.
Ao mesmo tempo, o site ganhou expansão para o resto do mundo. Na América Latina, o Brasil foi o primeiro país a receber uma versão própria, em novembro de 2007. Antes do lançamento oficial, havia 300 mil usuários brasileiros cadastrados no site, mas ele subiu para 1 milhão.
Queda
Enquanto o MySpace crescia, também trazia novos problemas. Isso porque a empresa precisava lidar com mais burocracia interna e com o crescimento do Facebook.
Anos antes, em 2004, Mark Zuckerberg chegou a tentar comprar a rede rival por US$ 75 milhões, mas não consegui. No ano seguinte, Zuckerberg ofereceu US$ 750 milhões, mas Chris DeWolfe recusou novamente.
Diante dos problemas, o site também não obteve sucesso nas tentativas de explorar novos conteúdos e responder novidades, assim como as oferecidas pelo Twitter. Somado a tensões internas, o MySpace passou por um corte de 30% na equipe e foi desbancado pelo Facebook.
Serviços do MySpace
- TV: serviço de vídeos semelhante ao YouTube
- Mobile: meios de acessar o conteúdo da rede social por telefone celular
- News: permite criar e assinar feeds RSS
- Classifieds: área de compra e venda de produtos
- Karaoke: união do MySpace e kSolo
- Polls: serviço de enquetes para o perfil
- Sports: área de esportes
- Books: serviço de livros
- Horoscopes: horóscopos
- Jobs: anúncios de empregos
- Movies: filmes
- Secret Shows: shows gratuitos e secretos promovidos pelo MySpace. Para ver, o usuário deferia seguir o perfil Secret Show, ver a cidade da atração e esperar o anúncio do artista. No Brasil, a atração foi lançada com um show da banda NX Zero.
Fontes: Mundo das Marcas, DN, TechTudo, Mídia Social
Imagens: sky news, Publicitários Criativos, Engenharia E, Slate, How Stuff Works
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