As tartarugas marinhas são répteis da ordem Testudines, divididos entre duas famílias Dermochelydae e Cheloniidae. Além disso, podemos classificá-las em seis gêneros e sete espécies diferentes.
Entretanto, no Brasil só é possível encontrar cinco delas: Caretta caretta (tartaruga cabeçuda), Chelonia mydas (tartaruga verde, ou aruanã), Eretmochelys imbricata (tartaruga de pente), Dermochelys coriacea (tartaruga de couro) e Lepidochelys olivacea (tartaruga oliva).
Além disso, as tartarugas marinhas existem há mais de 180 milhões de anos e muito provavelmente evoluíram das tartarugas de água doce. Entre as espécies, inclusive, a tartaruga-de-couro é a maior espécie. Isso porque pode chegar a 2 m de comprimento, 1,5 m de largura e 600 kg.
Famílias
Dermochelydae: Dentro desta família, existe apenas uma espécie conhecida, a Dermochelys coriacea. Conhecida como tartaruga de couro, ela tem esse nome por causa de um tecido que se assemelha ao couro. As outras tartarugas, entretanto, possuem carapaças cobertas por placas.
Cheloniidae: Por outro lado, a família Cheloniidae tem todas as outras espécies restantes. Além das já listadas encontradas no Brasil, portanto, existem outras duas: tartaruga-flatback (Natator depressus) e kemps ridley (Lepidochelys kempii). Em comum, o grupo tem a cobertura feita por um tipo de escudo protetor.
Características das tartarugas marinhas
Entre as tartarugas marinhas, machos e fêmeas são muito semelhantes. Assim, só é possível fazer a diferenciação entre os dois, a olho nu, quando já estão na fase adulta. Isso porque os machos passam a apresentar rabos e unhas bem mais desenvolvidos.
Em comparação com as tartarugas terrestres, as marinhas não têm patas, pois possuem barbatanas no lugar. Além disso, elas são mais leves e hidrodinâmicas, já que contam com uma carapaça mais achatada.
As espécies possuem visão, olfato e audição bem desenvolvidos, além de glândulas de sal perto dos olhos. Apesar de possuírem pulmões, conseguem ficar muito tempo debaixo d´água. Isso é possível por conta do baixo nível metabólico das espécies e de uma boa distribuição de oxigênio ao longo do corpo. Além disso, a respiração é auxiliada por uma troca de gases em partes como faringe e cloaca.
A maioria das espécies é onívora, ainda que prefiram alimentos de origem animal, em alguns casos. A alimentação é basicamente formada de zooplâncton, celenterados, salpas, algas, moluscos, peixes e crustáceos.
Vida e reprodução
As tartarugas marinhas são seres migratórios e só retornam para a praia em que nasceram para depositar ovos, em época de reprodução. Para isso, então, viagem para regiões tropicais e subtropicais. No Brasil, ela dura de setembro a abril, nas praias, e de dezembro a junho, nas ilhas.
Durante a temporada de reprodução, uma fêmea pode fazer mais de uma desova, com ciclos reprodutivos anuais, bienais, trienais, ou mesmo irregulares. Para o nascimento, a temperatura ambiente em que estão os ovos, é fundamental. Isso porque pode influenciar o sexo dos filhotes, assim como nascimento e crescimento deles, tempo de incubação dos ovos e hibernação, dentre vários outros.
Cerca de dois meses depois de depositados, os ovos eclodem e os filhotes partem em direção a água. Por volta dos 20 a 30 anos de vida, a maioria das espécies atinge a maioridade sexual. Para as tartarugas oliva, no entanto, ela acontece entre 10 e 15 anos.
Ainda que uma tartaruga fêmea consiga depositar um alto número de ovos durante a desova, apenas 0,1% dos filhotes chega à vida adulta.
Tartarugas marinhas no Brasil
Tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta): a espécie tem carapaça com cinco placas laterais, com tom marrom-amarelado e cabeça relativamente grande, em comparação com o corpo. Em média, pode chegar a 136 cm e mais de 100 kg.
Tartaruga-verde (Chelonia mydas): a carapaça é formada por quatro pares de placas laterais, com coloração verde ou marrom, dependendo da época da vida. Seu tamanho pode chegar a 143 cm, e o peso 200 kg.
Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata): tem carapaça com quatro placas laterais imbricadas e cores marrom ou amarela. Quando adulta, pode ter 114 cm e 150 kg.
Tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea): diferente das outras, tem carapaças de pequenas placas ósseas formando pregas, com uma fina camada de pele, preta. Pode ter 182 cm e pesar até 700 kg.
Tartaruga-de-oliva (Lepidochelys olivacea): as carapaças possuem seis ou mais placas laterais, com tons acinzentados que ficam mais escuros com o tempo. O tamanho pode ser de até 82 cm e o peso 60 kg.
Fontes: Brasil Escola, InfoEscola, Ninha, Mundo Educação
Imagem de destaque: WWF
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