Complexo de Édipo é o nome que se dá a uma fase do desenvolvimento psicossexual de garotos. Nesse momento, os meninos começam a sentir uma forte atração pela mãe, ao mesmo tempo que constrói um cenário de rivalidade com a figura paterna.
O conceito foi desenvolvido pelo pai da psicanálise, Sigmund Freud. Como parte do processo que forma a sexualidade infantil, o complexo surge na chamada Fase Fálica, que sucede as fases Oral e Anal.
Ainda segundo a psicanálise, o Complexo de Édipo surge por volta de 3 a 5 de idade. Assim como na lenda que inspira o nome, a criança apresenta um desejo incestuoso pela mãe e conflito com o pai.
Lenda de Édipo
O nome do complexo foi inspirado por uma lenda da mitologia grega. Para ser mais preciso, na tragédia Édipo Rei, escrita por Sófocles no ano 427 a.C.
Em resumo, a Édipo Rei conta a história da jornada de Édipo até o trono de Tebas. Ainda bebê, ele foi condenado à morte depois que seu pai ouviu de um oráculo que o filho o mataria e se casaria com a própria mãe, Jocasta. O pastor que recebeu a ordem de matar a criança, no entanto, poupa o garoto, que é criado pelo rei de Corinto.
Logo após descobrir que é adotado, Édipo sai numa jornada e pelo caminho encontra o pai biológico, sem saber disso. Num conflito, acaba matando o homem e cumprindo uma parte da profecia.
Quando chega a Tebas, consegue desvendar o enigma da esfinge que estava na porta da cidade e, por isso é declarado herói. Sendo assim, ganha o direito de se casar com Jocasta, sua própria mãe. Juntos, os dois tiveram quatro filhos.
Os dois só descobrem o parentesco a partir da revelação de um oráculo. Diante disso, Jocasta se suicida e Édipo fura os próprios olhos.
Triangulação Edípica
Freud define o Complexo de Édipo como o desejo inconsciente da criança de manter uma relação sexual do sexo oposto, ou seja a mãe disso. Em contrapartida, há também o desejo de eliminar o pai, do mesmo sexo. Sendo assim, o complexo é um conflito definido por desejos que o menino experimenta em relação aos próprios pais.
Apesar de utilizar o termo desde 1897, Freud só formalizou o pensamento em 1910. Foi aí que articulou a definição do complexo na obra Cinco palestras sobre psicanálise. Além disso, ele associa a condição ao complexo de castração. Este, por sua vez, define a reação diante da intimidação sexual.
O complexo de castração é estabelecido com a proibição que surge com a figura paterna. A ameaça da castração, então, provoca o mecanismo de repressão da primeira sexualidade. Posteriormente, na adolescência, isso irá ter impacto na sexualidade.
Funções do complexo de Édipo
Conforme a teoria psicanalítica, o complexo de Édipo possui diferentes funções:
- Descoberta de um objeto de amor proveniente da resolução de sentimentos em relação aos pais
- Aceitação da lei de proibição do incesto
- Acesso à genitália, com seus atributos próprios e características de personalidade
- Constituição das instâncias psíquicas, especialmente a do super ego
- Identificação para um ideal
- Aceitação do próprio sexo
Complexo de Electra
Em contraste com o Complexo de Édipo, existe também o Complexo de Electra. Também chamado de Complexo de Édipo Feminino, ele define o desejo e a atração de uma menina pela figura paterna. Ao mesmo tempo, a condição consiste na rivalidade da criança com a mãe.
O termo foi criado pelo psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung. Assim como no complexo definido por Fredu, este também é nomeado em referência a um mito grego.
Conforme as histórias da mitologia grega, Electra teria mandado matar a própria mãe depois de saber que esta planejou a morte de seu pai.
Fontes: Significados, Psicologado, Info Escola, A Mente é Maravilhosa
Imagem de destaque: Quarto Ato
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