A crença em diferentes deuses responsáveis por todo o tipo de feitos sobrenaturais se desenvolveu em paralelo com as sociedades humanas. Entretanto, o deus onisciente e vigilante centro das religiões dominantes atuais é mais recente.
Enquanto os seres humanos viviam em pequenas tribos, sua moral era guiada pelo medo de ser condenado ou julgado dentro de seu grupo. Por outro lado, as sociedades maiores e mais complexas permitiam atos que passavam camuflados e sem punição. Foi aí, então, que surgiu a necessidade de uma referência moral para guiar as pessoas.
Segundo muitos estudiosos teólogos, o deus como bastião moral ajudava a manter a ordem social.
Antropologia
Um estudo do antropólogo Harvey Whitehouse, diretor do Centro para o Estudo da Coesão Social da Universidade de Oxford, analisou grupos políticos do Neolítico e sua relação com a existência de um deus moral.
A análise foi feita com 414 entidades que incluíam cidades-estado antigas, como Ur, da confederação viking da Islândia ou de sociedades mesoamericanas, como os incas.
Os resultados da pesquisa indicaram que os deuses morais só começam a surgir em sociedades muito complexas. Além disso, cada entidade tinha crescimento médio de até cinco vezes na complexidade social a partir da inserção de ao menos um deus moral.
A primeiras figura que representam essa moral é Maat, filha do deus Rá, no Antigo Egito. Ao mesmo tempo, o deus Tian surge na China.
Deus
O nome deus surgiu a partir da nomenclatura dada pelos povos mais antigos do ocidente. Especialistas sugerem que os primeiros povos da região tinham uma língua comum. No proto-indo-europeu, que deu origem a mais de 400 línguas e dialetos modernos, o nome da divindade era Dyeus Pahter.
O nome reúne duas palavras da época. Dyeus significa céu e Phater, pai. Isso significa que os primeiros povos que reconheceram o ser superior com um nome utilizado ainda hoje, especialmente por crianças: Papai do Céu.
Na Índia, por exemplo, o nome se mantém até hoje no idioma védico-sânscrito: Dyaus Pita.
Evolução
A partir da evolução, a divindade ganhou novos nomes e novos significados. Para os hindus, por exemplo, o Pai do Céu era apenas um dos deuses de segundo escalão. Por outro lado, os gregos adaptaram o nome até que ele se transformou em Zeus Pater.
A mesma variação acabou transformando Dyaus Pita para Iúpita, em latim, dando origem ao nome de Júpiter. O deus romano, entretanto, não sobreviveu o declínio da cultura clássica na região. Foi nessa época, então, que a divindade superior foi “importada” do Oriente Médio.
Iaweh (ou Jáve) era apenas mais um dos deuses da Canaã antiga, mas acabou se sobressaindo. Graças ao livro escrito pelos israelitas, ele ganhou status de divindade superior, ao mesmo tempo que ganhou um nome inspirado por Dyeus, no ocidente.
Javé
Um pouco antes do reconhecimento de Javé como dominante, havia um outro deus de destaque em Canaã. O ser era chamado de El, nome que é dado ao Deus da Bíblia em alguns trechos. Isso porque, provavelmente, a transição de crenças se deu de modo lento e gradual.
Em hebraico, o termo “el elyon” é utilizado como “altíssimo”. No entanto, apenas elyon é suficiente para determinar o termo, sendo que El é um sinônimo para O Deus.
Eventualmente, o nome também seria adaptado pelos muçulmanos. O nome Allah, portanto, é apenas uma variação do termo El.
Fontes: Super, Aventuras na História, AEIOU
Imagens: Bible Study Tools, in the field, Radio Veritas Asia, The Times, New Order
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