Quantos cineastas negros você consegue lembrar-se de cabeça? Apesar de muitos nomes surgirem quando o assunto são cineastas, poucos deles são negros. Isso acontece porque o racismo estrutural funciona como um dificultador para pessoas negras.
Sendo assim, pessoas negras tem menos acesso a altos cargos profissionais. Não apenas na área profissional, como também são desqualificadas socialmente. Dessa forma é muito mais difícil ver uma pessoa negra nos holofotes.
E apesar do racismo insistir em tentar esconder essas figuras do mundo, nós aqui do Segredos do Mundo vamos tentar apresentar um pequeno vislumbre dessa representatividade no mundo do cinema. Por isso, fizemos uma lista com 8 cineastas negros brasileiros e internacionais, para mostrar que temos bons profissionais nessa área, tanto aqui como lá fora.
A fim de que você possa tanto se inspirar como conhecer o trabalho desses grandes artistas. Por isso, conheça e prestigie o trabalho desses cineastas negros.
Cineastas negros brasileiros
Renata Martins
Renata é uma diretora, roteirista e cineasta negra brasileira. É provável que você possa conhecê-la pelo seu trabalho na equipe de roteiristas de Malhação – Viva a Diferença, que foi ao ar entre 2017 e 2018. Em virtude de todo o seu talento ela é uma cineasta premiada. Alguns de seus prêmios foram o Emmy Internacional Kids Awards 2013, bem como o Festival de Cinema de Vitória.
Diego Paulino
Além da representatividade, conhecer cineastas negros é importante para entender temáticas raciais. Por isso, Diego Paulino é um ótimo nome dessa lista, já que ele trata de questões raciais, de gênero e sexualidade.
O cineasta é ganahdor do Prêmio Antonieta de Barros para Jovens Comunicadores Negros em 2016. Além disso, ele produziu e dirigiu o documentário NEGRUM3.
Sabrina Fidalgo
Sabrina Fidalgo está no mundo do cinema como diretora, produtora, atriz e roteirista. Além de premiada e reconhecida internacionalmente, teve seu nome citado na revista americana Bustle como uma das cineastas mais promissoras ao redor do mundo. Entre os prêmios da cineasta estão Melhor Filme no Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro e o 52º Festival de Brasília de Cinema Brasileiro.
Yasmin Thayná
Yasmin é mais uma cineasta que trata de como é a condição de ser negro. Isso porque ela dirigiu e produziu o curta “KBELA”, sobre a vivência da mulher negra no Brasil.
A produção rendeu à cineasta o prêmio de melhor curta da Diáspora Africana da Academia Africana de Cinema. Além disso, o filme foi reproduzido fora do Brasil, em Cabo Verde e Nova York. Yasmin foi responsável ainda por criar uma plataforma que veicula obras de cineastas negros, o Afroflix.
Jefferson De
Outro brasileiro, Jefferson estudou cinema na USP, e destacou-se na produção de seus curtas, como “Distraída para a Morte”, “Carolina” e “Narciso Rap”. Como seu primeiro longa-metragem “Bróder” teve um grande sucesso no Sundance Writers Lab, na Alemanha.
Juliana Vicente
Apesar de sempre ter tido o sonho de ser paquita da Xuxa, Joana não acha que é possível, pois não há paquitas negras. Essa realidade foi a de muitas meninas negras no Brasil. Por isso, a jovem Juliana Vicente resolveu transformar a história de tantas infâncias em um curta-metragem chamado “Cores e Botas”.
Desse modo, a produção foi exibida em cerca de 40 festivais e recebeu cinco prêmios. Além disso, a cineasta fundou uma produtora, a Preta Portê Filmes.
Joel Zito Araújo
O cineasta é doutor em Ciências da Comunicação e Artes, pela USP, e pós-doutor pela University of Texas. Entre os filmes de Joel estão “É Tudo Verdade”, “As Filhas do Vento” e o documentário “Cinderelas, lobos e um príncipe encantado”.
Lázaro Ramos
Certamente você conhece o trabalho de Lázaro como ator em novelas da Globo. Mas, sabia que ele também produz audiovisual? Além de filmes, ele já dirigiu clipes musicais e peças de teatro.
Lázaro participou da direção do longa “Medida Provisória”. Além disso, uma peça do cineasta e ator estrou em março desse ano, o nome da obra é “O método”.
Carmen Luz
Além de diretora de cinema, Carmen desenvolve várias outras atividades artísticas. Isso porque a cineasta brasileira é também diretora de teatro e dança, curadora, pesquisadora e professora na área de artes do corpo.
No mais, o ativismo de Carmen vai além das telas dos cinemas. Já que ela fundou a Cia Étnica de Dança. Se quiser conhecer o trabalho da cineasta, pode assistir seu longa, “Um filme de dança”, ou um de seus curtas, “Um poema para Quenum” e “Suporte”.
Camila de Moraes
“O Caso do Homem Errado” é o documentário da cineasta Camila de Moraes. Inicialmente, a obra se trata de um caso real acontecido em Curitiba, sobre um homem negro morto pela polícia, após ter sido confundido com um assaltante.
Ela foi ganhadora do prêmio Donna. Além disso, foi a segunda mulher negra a ter seu filme exibido comercialmente no Brasil.
Viviane Ferreira
Viviane é mais uma cineasta cujo legado representa muito para o cinema negro no Brasil. Isso porque, ela foi a segunda mulher negra a produzir um longa-metragem no país.
A cineasta baiana dirigiu o filme “O dia de Jerusa”. Além de produtora audiovisual, ela é ativista pela inserção de pessoas negras no meio cinematográfico.
Renato Cândido de Lima
Outro cineasta negro brasileiro de muita relevância é Renato Cândido de Lima. O paulistano dirigiu “Menina Mulher da Pele Preta – Jennifer”. De modo geral, o curta se trata de uma jovem negra que cria um programa de computador a fim de clarear a pele e alisar os cabelos.
Cineastas negros estrangeiros
Spike Lee
Não apenas o mais famoso, como também o mais polêmico cineasta negro. Apesar de fazer filmes desde a década de 1970, o cineasta voltou aos holofotes com o seu penúltimo filme, Infiltrado na Klan, de 2018, que recebeu o Oscar de melhor roteiro adaptado.
Gordon Parks
Inicialmente, este cineasta foi um dos fundadores do gênero de cinema conhecido como blaxploitation, nos anos 70. No mais, um de seus longas mais importantes foi “Shaft”, de 1971.
Além disso, ele é considerado o primeiro cineasta negro de Hollywood.
Steve McQueen
McQueen é outro nome frequentemente citado em discussões sobre cinema. Seu filme “12 anos de escravidão” não apenas o prêmio mais importante, o de melhor filme, como também o de melhor atriz coadjuvante, para Lupita Nyong’o e melhor roteiro adaptado, para John Ridley, no ano de 2014. Além disso o filme é o primeiro produzido e dirigido por um cineasta negro a ganhar a estatueta de melhor filme.
Ossie Davis
Apesar de ter dirigido apenas seis filmes durante a vida, o americano Ossie Davis também marcou presença no movimento blaxploitation. No mais, um de seus principais filmes foi “Rififi no Harlem”.
Jordan Peele
Outro ganhador do Oscar, Jordan Peele ganhou o prêmio em 2017 pelo seu filme “Corra”. Além disso, no ano de 2019, ele lançou outra película de sucesso nos cinemas “Nós”. Você também pode encontrar a participação de Peele em outras grandes produções como em “Big Mouth”, “Twilight Zone (2019)”, “Toy Story 4” e em outra película já citada nessa matéria “Infiltrado na Klan”.
Melvin Van Peebles
Mais um dos grandes nomes do movimento blaxploitation. Além de dirigir, ele estrelou um de seus principais filmes Sweet Sweetback’s Baadasssss Song.
Mario Van Peebles
O sobrenome não é coincidência, já que Mario é filho de Melvin. Ele dirigiu o filme New Jack City, que além de grande sucesso tinha o rapper Ice-T no elenco.
John Singleton
Primeiramente, o cineasta foi o primeiro negro a ser indicado pelo Oscar. Não por menos, ele é responsável por filmes como “Os Donos da Rua”. Ele também foi o diretor mais jovem já indicado.
Lee Daniels
Apesar de ser conhecido como diretor, Lee também produziu diversos filmes. Ademais, o cineasta também quebrou paradigmas por ser assumidamente gay.
Resumidamente, um de seus filmes mais conhecidos é “The Paper Boy”, que trata de homofobia, racismo e fetiches.
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Fonte: Geledés, Hypeness, Cláudia, Canaltech, Omelete
Imagens: Variety, Almanaque Virtual, Youtube, Estadão, Caos Cultural, Indie Wire, Revista de Cinema, Revista Hibrida,Uol, Alagoar, Flickr, KBela, Revista Cláudia, Rede Brasil Atual, Ponte Jornalismo, KUT, The New York Times, Hollywood Reporter,
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