Os corvos são aves do grupo dos pássaros canoros, mas não possuem vozes melodiosas. Por outro lado, produzem ruídos como crocitos, grasnidos e gorgulhos. As gralhas são da mesma família dos corvos, assim como os gaios e as pegas.
Além disso, esses pássaros são extremamente inteligentes e conseguem se adaptar a habitats variados. Os corvos são encontrados, por exemplo, em florestas, montanhas, desertos e até mesmo planícies congeladas. Em algumas regiões do globo, também é comum que eles estejam nas cidades onde dão exemplo de sua inteligência ao jogar sementes duras na rua para que os carros ajudem a quebrá-las.
Existem mais de 40 subespécies diferentes conhecidas pelo mundo. Ainda que a maioria seja preta, ainda existem aves em tons de cinza ou mesmo branco.
Corvo comum
Também chamado de corvo comum, é o tipo mais comum da ave. Pode ser encontrada em praticamente todos os países do hemisfério norte e chega a cerca de 70 cm e 2 kg.
São animais de hábitos de grupo, durante a juventude, mas costumam se isolar na vida adulta assim que formam um casal. Se alimentam de carniça, insetos, frutas, cereais, pequenos animais e conseguem imitar alguns sons.
Além disso, tem o maior cérebro entre os corvos e entre todos os pássaros.
Corvo de bico grosso
O corvo de bico grosso, ou corvo da selva, é natural do sudeste asiático, onde vive em florestas, jardins, parques ou campos abertos. No Japão, por exemplo, se tornou praga em algumas cidades, devido ao crescimento populacional.
Não costuma passar de 60 cm e possui um bico largo e pontudo, podendo ter tons de cinza-escuro na cabeça e algumas partes inferiores.
Corvo americano
Assim como o nome diz, vive em florestas e desertos dos Estados Unidos. É ainda menor que as duas espécies anteriores e não passa de 50 cm. Por outro lado, tem uma cauda longa e um bico que chega a 5 cm.
Uma peculiaridade sobre a espécies é a capacidade de emitir um grito curto, rápido e forte e conseguir imitar o canto de outras aves.
Corvo woodfordi
Essa espécie de corvo é encontrada nas Ilhas Salomão e arredores da Oceania em grupos de pequenas famílias. Têm cerca de 40 cm de altura, caudas curtas e bicos cor de marfim. Além disso, possuem olhos com íris branca.
Para se alimentar, esses corvos voam baixo enquanto procuram por insetos e frutos. Na outra parte do tempo, ficam escondidos entre folhas de árvores.
Corvo do Alasca
Também conhecido como corvo do norte, é muito semelhante ao corvo comum, mas um pouco menor. Apesar do nome, não vive só no Alasca, mas também em outras regiões do continente, assim como a Colúmbia Britânica e o Estado de Washington. Pode ser encontrando em regiões de praia, mas também dentro de cidades.
Hábitos
A maioria dos corvos de alimenta de animais pequenos, insetos, grãos ou ovos de outras aves. Além disso, também podem comer restos de lixo ou animais mortos.
Quando vivem na natureza, aprendem a imitar o som de lobos e raposas, assim como o de outras aves. Podem fazer isso para atrair animais para abrir carcaças de difícil acesso ou distrair predadores. Já em cativeiro, algumas aves conseguem desenvolver habilidade de fala mais complexa que a dos papagaios e podem imitar até mesmo carros e outros sons urbanos.
Além disso, também conseguem se comunicar por meio de linguagem corporal. Segundo um estudo austríaco, um corvo é capaz de usar o bico para apontar objetos, assim como fazemos com os dedos.
Corvos também têm o hábito de tomar banho de formigas. Para isso, as aves se deitam sobre os insetos para que eles caminhem por seu corpo. Teorias indicam que as formigas podem agir com ação inseticida e fungicida e ajudar na perda de penas. As formigas também pode ser mastigadas e aplicada sobre as penas como uma forma de pasta.
Inteligência
De acordo com um estudo realizado na Nova Caledônia, Oceania, corvos são inteligentes a ponto conseguirem desenvolver as próprias ferramentas. Até a publicação do estudo, apenas humanos e macacos eram reconhecidos pela habilidade.
Os pesquisadores utilizaram aves da espécie Corvus moneduloides e detectaram níveis de inteligência maiores que os percebidos em crianças humanas.
Para a experiência, gravetos eram deixados próximo a uma caixa com um buraco. Caso as aves depositassem os gravetos ali, recebiam alimentos. Com o tempo, no entanto, o grupo se uniu e juntava pedaços menores para conseguir realizar a missão com a ajuda de uma ferramenta.
Além disso, os corvos também são capazes de sentir empatia por seres da mesma espécie. O comportamento pode ser percebido, por exemplo, quando um grupo consola uma ave derrotada em combate. Eles também possuem uma ótima memória e reconhecem aves conhecidas até três anos depois.
Corvos na mitologia
Da Ásia até a Grécia, era comum que as civilizações acreditavam que corvos enviavam mensagens dos deuses. Para os celtas, deusas se transformavam nessas aves, enquanto Odin tinha dois corvos guardiões.
Para os chineses, as aves carregavam um clima sombrio para as florestas e anunciavam a passagem dos deuses. Por outro lado, tribos da América do Norte reconheciam o pássaro como uma divindade a ser idolatrada, apesar de também ser encarada como pregadora de peças.
Em algumas culturas da Europa, o corvo era apenas símbolo negativo. Para franceses, padres e freiras perversos se transformavam nas aves, enquanto suecos acreditavam que eles eram almas de pessoas assassinadas. Os alemães também acreditavam que eles eram almas condenadas, ou mesmo o Diabo.
Fontes: Britannica, My Animals, Só Científica, Mega Curioso
Imagens: BioDiversity4All, Oiseaux, BioDiversity4All, BioDiversity4All, White Wolf Pack
Essa matéria Corvos – Características, diferentes espécies e simbolismo foi criada pelo site Segredos do Mundo.
Corvos – Características, diferentes espécies e simbolismo Publicado primeiro em https://segredosdomundo.r7.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário