A saliva, ou cuspe, pode ser apenas um líquido natural, porém, ela esconde diversas funções e curiosidades, sendo mais importante do que você pensa. A saliva é uma secreção natural do corpo produzida em bolsas especiais chamadas de glândulas salivares.
Para ilustrar, imagine um monte de balões de água, lado a lado, que são enchidos e esvaziados de forma ininterrupta. Esses ‘balões’ ficam em tubos chamados dutos salivares.
O processo de salivação é extremamente simples, pois, a medida que as glândulas em formato de balões se enchem, a saliva é enviada para os tubos e depois para a boca.
O que provavelmente você não imaginava é que a saliva é útil para diversas coisas, como por exemplo, ela ajuda no ato de mastigar e sentir o sabor dos alimentos. Por outro lado, ela abriga mais 500 espécies de bactérias, que se aproveitam de toda umidade da boca, mas, felizmente, de forma inofensiva.
De que é formada a saliva?
A saliva é 98% composta por água e 2% formada por diversas proteínas, que transportam bactérias e outros microrganismos benéficos para o corpo. Esse elementos do cuspe, ajudam inclusive, na proteção contra doenças.
Também estão presentes nela proteínas que possuem propriedades anti-inflamatórias, antivirais, antifúngicas e antibacterianas. Esse líquido cheio de funções e segredos, além dos benefícios já citados, também ajuda a repor os minerais dos dentes.
Funções
Entre as principais funções e curiosidades do cuspe, a primeira é que ela é responsável por acionar as glândulas que identificam se aquilo que você come é salgado, doce, amargo ou picante. No processo de mastigação, ela ajuda a molhar os alimentos e a espalhá-los por todos os dentes, facilitando a degustação da comida.
Uma outra função curiosa, é que ela ajuda o corpo após uma intoxicação, por exemplo. Cientistas afirmam que o ser humano é a espécie que menos consegue detectar toxinas.
Como resultado, a eliminação dessas toxinas se dá por meio do vômito. E é ai que entra o nosso cuspe! Ela ajuda a proteger o ácido que sobra do vômito, e é por isso que todas as vezes que vomitamos, começamos a salivar imediatamente.
A saliva ainda contém mais DNA do que o próprio sangue, isto é, se considerarmos o DNA de bactérias e de outros microrganismos. Entretanto, o sangue humano possui mais DNA humano do que o cuspe.
Por que os testes de Covid-19 utilizam o cuspe?
A saliva humana é uma secreção corporal única, formada pelas glândulas salivares. Um adulto em condições normais, pode criar aproximadamente 600 ml de saliva todos os dias. Essa quantidade pode chegar a 365 litros, por ano.
Como explicado no início do texto, inúmeros organismos microscópicos estão presentes na saliva, inclusive alguns vírus. Ou seja, isso reforça o papel crucial que a saliva desempenha na vida biológica.
No caso do coronavírus, denominado SARS-CoV-2, estudos sugerem que as glândulas salivares podem ser infectadas pelo patógeno. Sendo assim, o líquido do cuspe pode ser uma fonte importante do coronavírus, principalmente no início da infecção.
Por este motivo, a maioria dos testes de detecção da Covid-19 utilizam o cuspe para informar a ‘carga viral’ ali presente. Além disso, os kits de testes rápidos que utilizam a saliva também são, em sua maioria, de baixo custo.
Curiosidades sobre a saliva
1. Produção maior pela tarde
Entre as funções e curiosidades, a primeira é que o corpo normalmente produz mais saliva no final da tarde e menos à noite. A salivação é controlada pelo sistema nervoso. Ou seja, trata-se de um processo inconsciente.
2 Compressas absorventes
Essa invenção é utilizada principalmente em consultórios odontológicos. Já que não é possível ‘desligar’ as glândulas salivares durante os procedimentos, os dentistas introduzem uma compressa absorvente na boca do paciente para ajudar a reter o líquido que seria acumulado. Essas compressas também são chamadas de almofadas de retenção.
3 – Combate às bactérias
A nossa saliva está cheia de glóbulos brancos que agem contra infecções. Além disso, os neutrófilos – um tipo de glóbulo branco – são mais eficazes em eliminar bactérias causadoras de infecções.
4 – Transferência de milhões de bactérias
Um estudo descobriu que um beijo de apenas 10 segundos, pode resultar na troca de cerca de 80 milhões de bactérias. Certamente isso é surpreendente.
5 – Bebês não tem controle
Por fim, como a salivação é um processo inconsciente, os bebês não têm controle sobre sua saliva. Em outras palavras, eles só passam a ter o controle total sobre os músculos da boca aos 2 anos de idade, e só assim passam a engolir com mais eficácia.
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Fontes: Vix, Ceso, Abril e Frontliner
Fotos: Pexels
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