O ornitorrinco, basicamente, é considerado como um dos animais mais peculiares e exóticos da face da Terra. E essa “fama” se dá justamente por conta da sua aparência.
Isso porque o corpo dos ornitorrincos é inteiramente coberto por pelos de coloração marrom escura. Além disso, eles contam com membros curtos e robustos e pés com membrana interdigital.
E isso não é tudo. Esse animal, o qual pertence à família Ornithorhynchidae, do gênero Ornithorhynchus; conta ainda com uma cauda, que se parece bastante com a de um castor. E também com um peculiar focinho alongado, semelhante ao bico de pato.
Principais características
Habitat
A priori, o ornitorrinco é um animal endêmico da Austrália. Sobretudo, eles não costumam ficar em locais fixos. Até porque, eles podem ser encontrados tanto em altas temperaturas, como nas florestas de Queensland.
Como também podem ser encontrados em áreas cobertas de neve, como nas montanhas de Nova Gales do Sul.
Vida aquática
Você sabia que o ornitorrinco é um animal semiaquático? Na verdade, eles são considerados excelentes mergulhadores, consequentemente, são bem adaptáveis à vida aquática.
Até porque, eles conseguem passar cerca de 12 horas por dia debaixo d’água. Inclusive, eles fazem isso com o intuito de procurar comida.
Basicamente, quando esses animais estão debaixo d’água, suas membranas da pele passam a proteger os seus olhos, ouvidos e narinas. Ou seja, a membrana consegue deixá-los cegos e surdos durante o mergulho. Talvez, seja esse um dos motivos deles serem excelentes mergulhadores.
Alimentação
A princípio, a dieta desses animais peculiares é composta por anelídeos, larvas de insetos aquáticos, camarões de água doce, girinos, caramujos, lagostins de água doce e pequenos peixes. Em alguns casos ele também se alimenta de plantas.
Inclusive, uma curiosidade sobre a alimentação desses animais, é o fato de eles terem que comer todos os dias 20% do seu peso total. Ou seja, um macho, por exemplo, se ele pesa 1,5 quilogramas, pode ingerir 45 gramas de minhocas, 20-30 lagostins, 200 larvas de tenébrios, dois sapos pequenos, e dois ovos cozidos. Por isso, eles gastam muito tempo procurando comida.
Reprodução
A priori, o acasalamento entre esses animais ocorre nos meses entre junho e outubro, e é dentro da água. Após a cópula, a fêmea cava um túnel em terra com a entrada dentro da água, e justamente nesse túnel ela coloca de um a três ovos pequenos. Inclusive, eles são bem semelhantes com dos répteis.
Assim sendo, quando os filhotes entram no último estágio de desenvolvimento dentro dos ovos, eles criam “dentes” na ponta do bico. Basicamente, esses dentes de ovo são os responsáveis, por ajudarem a romper a casca ao nascer. Até porque, esses filhotes nascem bem vulneráveis, sem pelos e cegos.
Curiosidades sobre o ornitorrinco
1. Eles não têm estômagos
Mas, e para onde o alimento que eles comem vai?
A priori, os ornitorrincos não são os únicos animais que não possuem estômago. Na verdade, um quarto dos peixes também possuem um esôfago, o qual se conecta diretamente com o intestino.
Inclusive, esses animais além de perderem o estômago físico, também perderam os genes requeridos o qual poderia produzir um com a evolução. Ou seja, eles nunca voltarão a ter um estômago novamente.
2. O bico dos ornitorrincos os dão um sexto sentido
Primeiramente, a exploração de recursos alimentares feita por esses animais, é feita justamente por esse sexto sentindo. Basicamente, o bico do ornitorrinco é composto por terminações nervosas sensíveis, as quais conseguem detectar campos elétricos gerados por todos os seres vivos.
Aliás, esse sexto sentido é tão sensível que o ornitorrinco consegue caçar suas presas com os seus olhos, orelhas e nariz todos fechados. Ou seja, eles confiando inteiramente nos seus bicos. Além do mais, com o próprio bico eles conseguem determinar a direção e a distância da presa, caso ela se desloque.
3. Eles costumavam ser gigantes
Basicamente, após alguns estudos, os pesquisadores conseguiram identificar um ornitorrinco pré-histórico, e justamente esse, provavelmente teria o dobro do tamanho do animal da nossa atualidade. Assim sendo, os animais modernos são conhecidos por um tamanho mais reduzido, perto dos animais das outras gerações.
4. Monotremata quer dizer “buraco único” em grego
A priori, é importante que você saiba que o ornitorrinco é uma das cinco espécies de monotremados existentes. Ou seja, esses animais mamíferos, os quais botam ovos, possuem somente um buraco. Ou seja, esse buraco serve como ânus e também como genitália.
Inclusive, alguns cientistas descobriram que no genoma do ornitorrinco contém genes derivados dos répteis, aves e mamíferos. Provavelmente, agora você está entendendo porque ele é classificado por muitos como um animal exótico, não é mesmo?
5. Eles amamentam sem mamilos
Basicamente, como já dissemos as fêmeas botam ovos, e assim nascem os filhotes. Assim sendo, esses filhotes por serem vulneráveis, permanecem no ninho até serem desmamados. Inclusive, mesmo eles serem animais mamíferos, as fêmeas não possuem mamas.
Porém, o leite, o qual é dado para os filhotes é produzido pelas glândulas mamárias. Consequentemente ele escorre e se acumula na região do peito da fêmea. Assim, os filhotes irão lamber e sugar o alimento do pelo da mãe.
6. Os machos possuem esporões venenosos
Agora vamos mostrar mais uma peculiaridade desses animais. Afinal, você já viu muitos animais mamíferos venenosos? Caso, ainda não tenha visto, você verá hoje. Até porque, o ornitorrinco herdou essa característica reptiliana.
Sobretudo, o seu veneno se difere das cobras, por exemplo. Até porque, eles não possuem venenos nos dentes, como elas. Na verdade, o ornitorrinco possui esporões nos tornozelos, os quais produzem o veneno. Inclusive, esse veneno é composto principalmente por proteínas que são exclusivas desses animais.
Apesar do esporão ficar sempre lá, a glândula venenosa só é ativada para produzir o veneno durante a temporada de acasalamento, na época reprodutiva.
Inclusive, esse veneno só é produzido nos ornitorrincos machos. Além do mais, ele é usado para machucar outros machos que estiverem competindo. Até porque, ele é usado como forma de dominância para defender o território contra rivais.
7. Eles possuem membranas retráteis
Sobretudo, os ornitorrincos ficam melhores quando estão na água do que quando estão na terra. Até porque, quando estão na água eles conseguem caçar melhor. Pois, eles reduzem sua pelagem densa para adicionar bolhas de ar, as quais agem como isolamento nos rios nos quais eles caçam.
Já no meio terrestre, eles sentem mais dificuldade. Pois, eles possuem membros curtos, os quais exigem que eles gastem mais de 30% da sua energia usual, para se moverem.
8. O primeiro ornitorrinco encontrado foi confundido com uma farsa
Basicamente, por ele ter inúmeras características semelhantes com as das espécies dos répteis e das aves, alguns cientistas acreditaram que ele seria um animal de mentira. Aliás, alguns cientistas acreditaram que alguém poderia estar pregando peças neles.
9. Eles usam cascalho como dentes improvisados
Sobretudo, o ornitorrinco não têm dentes. A única fase que eles ficam com “dentes” é quando são filhotes, mas mesmo assim são dentes de ovos. Enfim, como eles não possuem dentes, eles acabam tendo mais dificuldades de comerem certos alimentos.
Assim sendo, para conseguirem comer minhocas, insetos, mariscos ou qualquer outra coisa, eles pegam cascalhos da margem do rio. Ou seja, esses cascalhos serão transformados em dentes improvisados, os quais serão responsáveis de quebrar comidas mais difíceis.
10. Suas caudas servem para muitos propósitos
Sobretudo, diferentemente dos castores, os ornitorrincos não usam suas caudas para bater na água como aviso, ou até para levá-los pela água. Na verdade, a função primária da cauda é armazenar gordura, para dias que faltarem alimentos para eles.
Além do mais, a cauda pode ser usada para afastar sujeira, em momentos de escavação de buracos. Ou então, a cauda pode ser usada pelas fêmeas para segurar os ovos, os quais estão sendo incubados sob seu corpo quente.
Enfim, você também achou o ornitorrinco um animal exótico?
Calma, que ainda temos mais conteúdos interessantes para você: Urso panda – Características, comportamento, reprodução e curiosidades
Fontes: Info escola, Canal do pet, Reptossaurus
Imagem de destaque: Estudo kids
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